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terça-feira, 2 de outubro de 2012

É um projeto? Ou é uma operação?

Olá.

Você sabe se as iniciativas em que sua empresa está trabalhando tratam-se de projetos ou manutenção das operações? Existe a necessidade de entender essa diferença?

Conseguimos planejar aquilo que entendemos. Essa é a pedra fundamental. Se há conceitos mal assimilados, as atividades baseadas em tais terão impactos (seja em maior ou menor grau).

Pense no projeto como:
"Empreendimento temporário, que cria um produto ou serviço novo, exclusivo".

Temporário significa: tem início e fim definidos. Há prazo de validade para o projeto.
Novo, exclusivo significa: o resultado é inovação fornecida pelo time que está fazendo o projeto e pela empresa executora. Ainda que usando as mesmas técnicas, ferramentas e materiais, a singularidade do projeto o torna exclusivo. Por exemplo: por mais que se construa prédios residenciais com o mesmo layout, eles são feitos em locais diferentes, com condições que o tornam único.

Pense em operações como:
"Todo trabalho contínuo, realizado de forma repetitiva".

Contínuo significa: não tem data de fim para terminar.
Repetitivo significa: é a execução focada em processos já estabelecidos, onde qualquer alteração dos passos não configura algo novo - mas sim um desvio de processo, que deve ser eliminado. Não há inovação ou exclusividade; 

Assim, por exemplo, uma empresa pode querer lançar um novo produto. Isto é um projeto.
Toda as etapas (pesquisa de mercado, design, planejamento, protótipo, construção, testes, alteração de linha de produção, treinamento de funcionários, etc) representam fases de um projeto (porque são temporárias e únicas, dentro do seu contexto).

Quando o projeto termina e basta iniciar a fabricação/venda de tal produto, dizemos que trata-se de operação. Ou seja, a partir de processos já estabelecidos, o produto será criados inúmeras vezes, haverá o mesmo processo para a venda, o faturamento, o suporte técnico, etc. E quando que essa operação termina? A princípio, não tem data de fim ("nunca!").

Perceba que, quando um produto é lançado no mercado, tem-se o objetivo que ele perdure o maior tempo possível, porque ele sai de um estágio de grandes investimentos (conhecido como "estrela em ascensão ) para uma fase altamente rentável, por já estar estabelecido e o custo para divulgá-lo é baixo (estágio conhecido como "vaca leiteira").

Correções do produto, manutenções, são geralmente classificadas como "operações". Caso haja um empreendimento para nova roupagem do produto, novas funcionalidades, fora do usual, poderia ser considerado um projeto.

O custo de efetuar manutenções no produto deve estar embutido no preço de venda ao cliente. Já o projeto, por si só, precisará ser aprovado para poder ser executado.

Este é um assunto longo e divertido.

Teste seu conhecimento e faça o quiz abaixo:




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Como surgem os projetos?

Quais são os fatores que determinam a necessidade de um projeto?

Geralmente, existem as seguintes motivações:

  • Demanda de mercado (oportunidade)
  • Solicitação de cliente
  • Avanço tecnológico
  • Regulamentação do governo / setor.
  • Necessidade organizacional (interna)

Estas origens ajudam também a dimensionar a "urgência" do projeto. 

Por exemplo, se uma lei for publicada, cuja abrangência afeta diretamente sua empresa, a urgência para executar o empreendimento ganha considerável peso.

Independente disso, sempre temos que ter claro:
  • Objetivo do projeto
  • Quem é o sponsor (patrocinador - não só do aspecto "financeiro", mas político também)
  • Stakeholders (partes interessadas) e quais são as influências de cada uma (se ajudam de forma positiva ou negativa)
  • Quais são as principais premissas e restrições

Essas são informações fundamentais para analisar qualquer projeto!

Assista, no vídeo abaixo, um início de projeto e identifique os itens listados acima:


Compartilhe suas respostas via opção de comentário, logo abaixo.

Até mais.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Método de seleção de projetos



Tudo, na vida, tem alguma limitação.
Pode ser que não haja dinheiro suficiente ou mesmo tempo para fazer as coisas (lembra-se do corolário “9 grávidas não parem um bebê em um mês?!”). 

Seja em nossos caminhos particulares, seja na sua empresa, surgem iniciativas promissoras, porém, devido alguma dessas restrições, torna-se necessário priorizar algumas em detrimento de outras.

A questão é: como priorizar os projetos? Quais critérios devem ser levados em consideração?

Uma saída interessante é unir a racionalidade com a subjetividade (ou intuitividade, como preferir). 

Se formos apenas pelo primeiro, podemos ser automáticos demais e perdermos o foco no que acontece ao redor, muitas das vezes tal ambiente cercado por variáveis que não podem ser medidas. 

Se formos apenas intuitivos (quem nunca ouviu a frase “esse projeto é matador!”) podemos nos basear demais nas emoções e retóricas de um demandante, sem fatos que se sustentem.

Assim, a proposta é unir critérios qualitativos com quantitativos. Os quantitativos são bem conhecidos:
  • Valor Presente Líquido (VPL)
  • Período de Retorno (Payback)
  • Taxa Interna de Retorno (TIR)
  • Custo Benefício (na verdade, benefício ÷ custo)

Todos esses critérios formam a dimensão racional (quantitativa).

Por outro lado, o quanto o projeto está alinhado com os objetivos estratégicos, o que ele pode impactar na imagem da empresa, qual é a urgência, são critérios subjetivos, ainda que haja direcionadores para facilitar a escolha. Estes contemplam nossa dimensão subjetiva (qualitativa).

Para unir essas duas dimensões, eu desenvolvi uma planilha de seleção de projetos bem simples, que faz uma espécie de ranking: você informa o projeto, o objetivo principal e faz pontuações qualitativas e informa dados resumos das finanças do projeto (quantitativo - totais estimados de investimento inicial e receitas por ano).



A partir disso, a planilha calcula qual é o “score” (importância) do projeto, a partir da ponderação dos itens. Eu reproduzo os dados padrão aqui, mas que podem serem alteradas na aba “Critérios” do arquivo:


Percebam que, mesmo para os critérios “quantitativos”, eles possuem pesos e são computados conjuntamente. Nada adianta ter um VPL excelente se talvez o payback demorará muitos anos (e, na situação da empresa, não há tempo para esperar por isso). A soma de todos os pesos resulta numa ordem dos projetos.

Faça o download da planilha abaixo. E comente sua experiência ao selecionar projetos!

Até mais!